Filme “A Redenção: A História Real de Bonhoeffer” (Angel Studios)
A história do pastor que desafiou o nazismo
Quando o nazismo domina a igreja alemã, impedindo os fieis de verem o sofrimento dos judeus e de outras minorias, e Hitler se torna o novo deus da religião, surge Bonhoeffer, o pastor luterano.
Ao ver o sofrimento dos judeus e a subversão da igreja, ele estabelece a Igreja Confessante (uma igreja não submissa aos ensinos de Hitler), envolve-se na Abwehr (agência de inteligência alemã) em um plano conspiratório e faz parte da Operação 7 (um esquema de contrabando de judeus para a Suíça).
A nova produção cinematográfica da Angel Studios mostra o desenvolvimento teológico desse pastor, bem como sua tristeza em ver a igreja ser corrompida e sua preocupação em demonstrar a consciência cristã diante o mal no mundo.
O silêncio diante do mal é em si mesmo um mal. Deus não nos terá por inocentes. Não falar é falar. Não agir é agir (Dietrich Bonhoeffe)
Vale nota para a ambientação (as cenas são muito lindas, muito formosas mesmo). Atrevo-me a dizer que esse foi o filme cristão mais lindo que já vi. Nunca vi um filme cristão tão bem ambientado. As imagens de fundo são maravilhosas. Também não posso deixar de falar da atuação: ator do personagem principal, Jonas Dassler, dá um show (sem contar que ele é praticamente um irmão gêmeo de Bonhoeffer).
O filme nos faz refletir sobre o dever cristão de colocar a fé em prática ao ajudar os necessitados e aqueles que não possuem voz, mesmo que isso custe desafiar as massas da sociedade, o Estado e (por que não?) até mesmo a própria igreja (como instituição). Será que teríamos a mesma bravura de Dietrich Bonhoeffer?